DIVERSOS FAMILIARES E AMIGOS E COMUNIDADE DE FRECHEIRINHA E REGIÃO VIZINHA, ESTIVERAM PRESENTES, NA TARDE DE SEXTA-FEIRA, DIA 14 DE ABRIL-2017,NA CERIMONIA E SESSÃO SOLENE PÓSTUMA REALIZADA PELA CÂMARA MUNICIPAL DE FRECHEIRINHA AO EX-VEREADOR JOSÉ MANSO DA CUNHA QUE MORREU AOS 94 ANOS DE IDADE.
NA OPORTUNIDADE, SOB A PRESIDÊNCIA DA CÂMARA MUNICIPAL O VEREADOR ADRIANO AGUIAR E TODOS OS MEMBROS DA MESA DIRETORA, DIVERSOS AMIGOS VEREADORES, POLÍTICOS, EMPRESÁRIOS E COMUNIDADE EM GERAL FIZERAM USO DA PALAVRA RESSALTANDO E AGRADECENDO O TRABALHO REALIZADO PELO SR. JOSÉ MANSO AO LONGO DOS ANOS EM PROL DO DESENVOLVIMENTO DE FRECHEIRINHA.
FIZERAM USO DA PALAVRA AINDA DR. RAIMUNDO AZEVEDO-MEMBRO DA FAMILIA, PREFEITO CARLEONE JUNIOR, EX-VEREADOR, CHICO TIBURCIO. E POR ULTIMO, EM NOME DE TODOS OS FAMILIARES, FALOU SUA FILHA VEREADORA MARRINHA AGRADECENDO A PRESENÇA DE TODOS E O APOIO NO MOMENTO DE TÃO DOR PELA PERDA DE SEU PAI..
EM SEGUIDA O CORTEJO FÚNEBRE SEGUIU, ACOMPANHADO POR TODOS, PARA SEPULTAMENTO NO CEMITÉRIO SÃO MIGUEL DE FRECHEIRINHA-CE...
BIOGRAFIA DE JOSÉ MANSO DA CUNHA
Nascido no dia 10 de agosto de 1922, JOSÉ MANSO DA CUNHA foi o primogênito de 10 filhos de Vicente Manso Neto (in memorian) e Filomena Teodora de Sousa (in memorian). Teve 09 irmãos: João, Tarcísio e Francisca e, in memorian: Antonio, Joaquim, Expedito, Maria, Rita e Luzia. Nasceu no pé de serra, no município de Ubajara/CE, mas foi em Frecheirinha que viveu e plantou suas melhores sementes.
Foi um homem sábio, inteligente, forte e experiente. Sabia ler, escrever e calcular com maestria. Estudou somente até o antigo “primário”, mas era graduado na maior das faculdades: a faculdade da vida. Foi a vida que o deu o conhecimento necessário para enfrentar e vencer todas as adversidades que se colocavam em seu caminho.
Trabalhou desde muito jovem. Quando criança, já laborava na lavoura, capinando e plantando com seu pai.Filho de agricultores, sua família sobrevivia exclusivamente da roça, quando, com dez anos de idade, teve que enfrentar a seca de 1932. Toda safra foi perdida e sua família não tinha nada além dela para sobreviver.Em 1933, além da destruição da seca, ainda enfrentou um sarampo.
O tempo foi passando e as coisas já estavam melhorando para quem sobrevivia da roça. Mas, no dia 27 de julho de 1941, veio a sua primeira grande e irreparável perda: o falecimento de sua mãe. No dia 09 de setembro do mesmo ano, Sr. Zé Manso mudou-se para o Estado de Piauí, onde residiu em Buriti dos Lopes e na Parnaíba. Lá continuou a viver da roça. Depois, dominador que era da leitura, da escrita e da tabuada, Sr. Zé Manso tinha o suficiente na época para lecionar, e assim o fez: lecionou muito anos nas casas. Lá, fez grandes e significativas amizades.
Percebendo que o inverno seria bom, em janeiro de 1945, o Sr. Zé Manso voltou a morar no Ceará. Trabalhou para seu padrinho, o Sr. Miguel Carneiro da Cunha. Depois, voltou a morar com seu pai, no Sítio Albino, no pé de serra de Ubajara. Lá, trabalhou, também, com o Sr. Zé Sancho, seu compadre. Em março, mudou-se para o sertão, para a Fazenda Gonçalo Alves, município de Sobral/CE. Lá trabalhou na roça e lecionou na casa do seu padrinho Hortêncio Gomes e na casa de Davi Andrade Portela.
Mais na frente, mudou-se para Crateús, onde foi morar na Fazenda Bom Jesus, propriedade do Sr. Felipe Lopes de Aguiar. Em Crateús, residiu, também, na Fazendo Pica Pau, do Sr. Alberto Machado, e na Fazenda Água Branca, do Sr. Raimundo Caçula de Almeida.
Saiu de Crateús e foi morar no município de Coreaú/CE, na Fazenda Ipu dos Lopes. Lá, com 25 anos de idade, no dia 30 de setembro de 1947, casou-se com a Sra. Benedita Portela de Aguiar, conhecida como Dona Noá, filha de Conrado Machado Portela e Rosa Francisca de Aguiar.
Essa abençoada união gerou seis filhos: Aparecida (in memorian), Rosa (conhecida como Branca), Filomena (conhecida como Ló), Maria do Livramento (conhecida como Marrinha), Conrado e Sônia Maria. O casal, então, criou sua família sobrevivendo da lavoura. Morou um tempo no Ipu dos Lopes e depois levou sua família para Ubajara.Morou, também, no Piancó, município de Coreaú/CE, e no distrito de Araticum, município de Ubajara/CE.
Em 1973 mudou-se para Frecheirinha, onde fixou residência definitiva. Enfrentou a política, candidatou-se e, em sua primeira disputa eleitoral, foi o Vereador mais votado, tendo sido Legislador desta Casa por 16 anos consecutivos, de 1976 a 1992.Zé Manso sempre conseguia parcerias no trabalho que desempenhava como parlamentar, principalmente com profissionais da saúde. A política lhe trouxe mais do que votos, a política lhe trouxe verdadeiras amizades, como Moésio Loiola, Lúcio Alcântara, Dr. Davi, Dr. Aquino, dentre muitos outros.
Nos anos 80 a 90, Zé Manso trabalhou para o IBGE e seu trabalho como recenseador não foi diferente do trabalho na política, pois também fez grandes amizades nas cidades circunvizinhas. Inclusive, vale destacar aqui a amizade e parceria que teve com o Sr. Luis Dica (in memorian), de Coreaú.
Em 1987 seu pai veio a óbito. Em 1995, veio outra grande e significativa perda: sua filha primogênita faleceu acometida por um câncer, que tanto a fez sofrer. Zé Manso e Dona Noá sofreram a desordemdo ciclo natural da vida: os pais enterraram sua filha.
Em 2004 teve a alegria de ver sua filha Marrinha ingressar na política frecheirinhense e em 2005 ocupar uma cadeira na Câmara Municipal. Trabalhou em favor dessa causa e orgulhou-se por ter ajudado a filha a alcançar o primeiro lugar no pleito eleitoral.
Em 19 de julho de 2006, sofreu a morte de Dona Noá, sua companheira de 59 anos de casamento. Mesmo assim, seguiu firme sendo norte e exemplo para toda a família.
Mesmo com a idade já avançada, continuou ajudando a vereadora Marrinha na luta por uma cadeira na Câmara Municipal e obteve êxito nas campanhas de 2008 e 2012. Em 2016, bastante debilitado e dependendo dos cuidados de terceiros, insistiu em não se desincumbir da missão de ajudar Marrinha no pleito eleitoral e, dentro de suas possibilidades, colaborou de forma significativa para a conquista do quarto mandato de sua filha na Câmara Municipal de Frecheirinha.
Apesar das perdas e talvez por causa delas, Zé Manso foi um ser humano que escreveu uma história ímpar. Sempre de coração e portas abertas. Alegria, humildade, solidariedade, caridade, autenticidade, sabedoria e, principalmente, fortaleza, marcaram a sua passagem em nosso meio.
No dia 13 de abril de 2017, com 94 anos de idade, o guerreiro Zé Manso nos deixou. Sofrendo com um cisto no canal da urina, desde os 92 anos de idade, Zé Manso lutou com bastante fortaleza e bravura para restabelecer sua saúde e sua independência. Contudo, a perda incontrolável de sangue o enfraqueceu e, embora não tenha afetado sua inabalável fé em Deus, lhe tirou a firmeza do corpo.
Zé Manso sempre foi homem conhecido por ter sabedoria e ser caridoso. “Prosista”, conversador e bem humorado, será sempre lembrado pela alegria contagiante. Referência em Frecheirinha, ingressou na política por ser um homem crítico, autêntico, destemido e pela vocação de ajudar aos mais necessitados.
Foi um católico atuante, tinha conhecimento da Bíblia e tinha participação assídua nos movimentos da Igreja Católica. Depois que sua primogênita faleceu, passou a ser evangélico fervoroso, aperfeiçoando seus conhecimentos bíblicos e pregando a palavra de Deus com entusiasmo e amor. Cristão assíduo e temente a Deus, gostava de memorizar salmos e, inclusive, costumava proclamar o Salmo 91 nos inúmeros velórios que se fazia presente.
José Manso da Cunha tinha uma memória de elefante e um coração imenso. Mostrou que cumpriu com maestria sua missão em nosso meio, tendo tido a dádiva de viver por mais de 94 anos. Partiu, agraciado com a luz divina e paz eterna.
O patriarca da família Cunha viajou. A nós, resta o consolo de saber que ele não mais sofre e a certeza de que foi recebido com festa no reino de Deus. A nós, resta guardar os sábio e raros ensinamentos por ele deixados. A nós, resta multiplicar o carinho e o zelo que ele nos dedicou por tantos anos de sua vida. A nós, resta guardar na memória a alegria contagiante por ele transmitida e seus ensinamentos de cidadão honesto e caridoso.
Aos familiares, pedimos a Deus que conceda fortaleza, sabedoria e consolo para vivenciar tamanha e irreparável perda. À alma de Zé Manso, pedimos que lhe seja concedida a luz divina e a merecida paz eterna.
AUTORA SUA NETA: DRA. TÂNIA MILAYDE CUNHA SILVA
AUTORA SUA NETA: DRA. TÂNIA MILAYDE CUNHA SILVA
PREFEITO CARLEONE JUNIOR RESSALTA O GRANDE HOMEM QUE FOI SR. JOSÉ MANSO E USA IMPORTÂNCIA PARA FRECHEIRINHA..
VEREADORA MARRINHA AGRADECE A TODOS EM GERAL PELA HOMENAGENS PÓSTUMAS AO SEU PAI
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